É tão freqüente que, infelizmente, ainda existe a crença de que se trata de um evento normal e inexorável do processo de envelhecimento.
Isso não é verdade.
Ele é comum, não normal.
Melhor: trata-se de um problema, muitas vezes, passível de tratamento e cura.
Acontece que, até pouco tempo, a medicina não estava instrumentalizada para o manejo adequado dessa questão; diante de uma queixa de comprometimento intelectual, nada era feito.
Pior: indicavam-se certos produtos sem nenhuma sustentação científica, que, evidentemente, não apresentavam resultados, privando o paciente de uma avaliação geriátrica correta e do tratamento efetivo.
Não existem drogas que "melhorem a memória". Geralmente, a perda de memória é devida a algum fator que, se corrigido, devolve ao indivíduo a função que estava prejudicada.
O grande vilão é o uso de calmantes e remédios para dormir, os hipnóticos.
Os brasileiros são grandes consumidores de tranqüilizantes, e é extremamente comum que o uso indiscriminado dessas drogas (tendo em vista que, à medida que envelhecemos, vamos tendo maior dificuldade para eliminá-las) intoxique o usuário, levando-o a quadros graves de rebaixamento intelectual, agitação, delírio e confusão mental.
A simples retirada do medicamento, muitas vezes, resolve o problema.
Outra causa é a depressão, que em idosos caracteriza-se por dificuldades para dormir, mudança no padrão de apetite e perda de memória.
Assim, se em vez de tratar a depressão o paciente recebe um medicamento para dormir, estaremos apenas cuidando de um sintoma e a memória será ainda mais prejudicada.
O tratamento de estados depressivos é eficaz e seguro, fazendo com que a memória seja restabelecida e o sono, regularizado, sem a necessidade do uso de medicamentos.
Outras causas são silenciosas; não têm sintomas exuberantes e, por isso, são difíceis de serem diagnosticadas.
Entre elas estão; a diminuição do desempenho da glândula tireóide (hipotireoidismo), o uso de certos medicamentos para pressão alta, gastrite etc., problemas sensoriais como a visão e especialmente de audição, a falta de estímulo sócio-intelectual, deficiência de certos nutrientes , abuso de álcool etc.
Percebe-se claramente que essa questão está longe de ser um problema insolúvel.
A informação é fundamental para que, ao primeiro sinal de comprometimento da memória, se faça uma investigação clínica completa, para identificação da causa e instituição imediata do tratamento.
Dr.Norton Sayeg
CURRÍCULO RESUMIDO*Médico Especialista em Geriatria e Gerontologia - Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia -Associação Médica Brasileira (AMB).
*Médico Especialista em Sistemas Integrados de Saúde e Administração Hospitalar pela Fundação Getúlio Vargas ( FGV).1983.
*Pós-Graduação em Londres -Inglaterra ( Saint Mark's Hospital ) 1977.
*Presidente Fundador da Associação Brasileira de Alzheimer e Idosos de Alta Dependência( ABRAz)1989.
*Presidente-Eleito- Mundial da International Association of Gerontology.2001.
*Presidente Nacional da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia.1996.
*Presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia Seção São Paulo.1995
*Autor de vários trabalhos publicados no Brasil e no Exterior em Revistas Científicas e em Congressos Nacionais e Internacionais.
*Autor do Livro : Doença de Alzheimer - Guia do Cuidador.1991.
*Autor do Livro : Enfermedad de Alzheimer em Espanhol.1995.
*Autor do Livro: Vamos Envelhecer Bem.1996.
*Autor do Livro: Enfermedad de Alzheimer Publicado no Chile pela Universidade Católica de Santiago.1999.
*Autor do Livro -*ALZHEIMER - Um Tratado para Profissionais, Familiares e Cuidadores - Editora Yendes.No Prelo - 2009.
*Autor do Livro *ENVELHEÇA COM SAÚDE ! - Editora Yendes - No Prelo - 2009.
*Autor do Livro * IDOSOS FRÁGEIS E ACAMADOS - Guia de Cuidados Domiciliares Editora Yendes.No Prelo - 2009.
*Diretor e Editor Científico do Portal de Conteúdo - http://www.alzheimermed.com.br/
*Diretor e Editor Científico do Portal de Conteúdo - http://www.envelhecercomsaude.com.br/
*Conferencista Internacional Tendo Proferido Centenas de Conferências no Brasil e no Exterior.
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