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segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Hospital do Coração alerta para o diagnóstico e tratamento da litíase urinária


Hospital do Coração alerta para o diagnóstico e tratamento da litíase urinária


         A litíase urinária, conhecida popularmente como pedra nos rins, é uma situação muito comum em todo mundo e acredita-se que sua prevalência vem aumentando. É mais incidente nos homens em uma proporção de três por um em relação às mulheres. Considerando a faixa etária, o pico encontra-se entre homens de 40 a 60 anos, mas pode acometer desde crianças até idosos e atinge mais a população que vive em países tropicais, como no Brasil. Calcula-se que até 50% dos pacientes portadores de litíase terão novos cálculos após 5 a 10 anos.
            No HCor – Hospital do Coração, em São Paulo, são atendidos por mês aproximadamente 50 pacientes com litíase urinária. O número de procedimentos cirúrgicos para a retirada de pedras nos rins gira em torno de cinco ao mês – em um total de 60 procedimentos por ano. A formação de cálculos nos rins é decorrente de múltiplos fatores, como predisposição hereditária, erros alimentares, pouca hidratação, distúrbios metabólicos na urina e/ou no sangue e alterações anatômicas das vias urinárias. A investigação de sua causa é necessária para instituir tratamento adequado e minimizar o risco de recorrência das pedras.
             A Instituição dispõe de uma equipe de urologia reconhecida e preparada para oferecer um atendimento diferenciado com o objetivo de prevenir, diagnosticar e tratar a saúde urológica. O HCor conta, ainda, com o apoio de laboratório capacitado para realizar quaisquer exames diagnósticos das patologias urinárias e excelência em exames radiológicos, tomografia computadorizada de última geração, ressonância magnética, PET_CT e estudo urodinâmico (para incontinência urinária), além de endoscopias urológicas que são realizadas pela equipe de urologia no centro cirúrgico do hospital.
         "Atualmente, o exame de escolha para avaliação de litíase urinária é a tomografia computadorizada, mas a ultrasonografia e o raio-X simples podem ser úteis em muitas situações. O tratamento da litíase depende do tamanho, localização dos cálculos e quadro clínico e pode variar desde simples observação clínica até cirurgia para extração dos cálculos", explica o coordenador do Serviço de Urologia do HCor, Dr. Antonio Corrêa Lopes Neto.
         Segundo Dr.Corrêa, o portador de litíase deve estar ciente da necessidade de ingerir bastante líquido, suco de laranja e limão, diminuir o excesso de carnes vermelhas e gordura animal, além de reduzir a ingesta de sal. Recentemente foi relatado em publicações científicas que os obesos e diabéticos são mais propensos ao desenvolvimento de litíase urinária.
         "Em algumas circunstâncias, principalmente em cálculos maiores ou causadores de quadros dolorosos, pode ser necessária a realização de alguma intervenção. As mais utilizadas são a litotripsia extracorpórea (conhecida popularmente como implodir as pedras) e a extração dos cálculos por via endoscópica, que são procedimentos extremamente eficazes e pouco invasivos.
Sinais e sintomas:
         A litíase urinária pode ser assintomática, quando o cálculo não atrapalha a drenagem da urina pelos rins e não causa desconforto. Muitas vezes é um achado ocasional durante exames de rotina. Em algumas circunstâncias, a pedra pode ser expelida naturalmente junto à urina.
         Quando o cálculo causa obstrução das vias urinárias, pode ocorrer um quadro de cólica renal, onde as dores relatadas são bastante fortes. A pessoa deve desconfiar quando subitamente sentir uma forte dor na região próxima aos rins, que pode ser acompanhada por náuseas e vômitos e pode ocorrer alteração na coloração da urina, sangramento, infecção urinária e em algumas ocasiões os sintomas podem ser acompanhados de febre.

Diagnóstico e tratamento da litíase urinária:
         Para fins diagnósticos, a ultrasonografia e a tomografia computadorizada são os exames solicitados com maior frequência. Atualmente o exame ideal para avaliar litíase é a tomografia computadorizada e o HCor dispõe de um moderno tomógrafo que permite, além de identificar o cálculo e fornecer excelentes imagens, ele consegue caracterizar se a composição é de ácido úrico ou não. Esta informação é extremamente útil, pois os cálculos de ácido úrico podem se desfazer com tratamento clínico apropriado.
         O tratamento convencional do cálculo renal consiste de orientação dietética, medicamentos para corrigir os distúrbios metabólicos quando existirem e analgésicos em quadros dolorosos. Em muitos casos é necessária a intervenção para fragmentar o cálculo (litotripsia extracorpórea), para extração do cálculo através de cirurgias endoscópicas, além de laparoscópicas ou convencionais que são menos utilizadas nos casos de litíase.
         A  litotripsia extracorpórea consiste em submeter o paciente a ondas de choque que quebram os cálculos dentro das vias urinárias, facilitando a sua eliminação pela urina. Já, as cirurgias endoscópicas, realizadas através de óticas e microcâmeras que entram nas vias urinárias para extrair os cálculos, são realizadas rotineiramente no centro cirúrgico do HCor com excelentes resultados e o paciente recebe alta no dia seguinte do procedimento.

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