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segunda-feira, 20 de abril de 2009

Epilepsia na vida cotidiana

Em nossa sociedade, o mercado de trabalho mostra-se restrito por uma enorme demanda e os empregadores contam com a vasta possibilidade de escolha.
Este fato poderá dificultar a obtenção e a manutenção de emprego às pessoas que apresentam qualquer tipo de limitação.

A principal preocupação das empresas volta-se para a lucratividade, evitando assim problemas com a saúde dos funcionários e absenteísmo. O desempregado e o subemprego são muito frequentes entre os epilépticos, sendo resultantes da resistência do empregador em admiti-los.

O preconceito é um dos principais fatores que sustentam esse procedimento, pois a epilepsia, na maioria dos casos, não incapacita o indivíduo para o trabalho.

O portador de epilepsia deverá ser encaminhado ao INSS para obtenção de benefício (auxilio-doença) apenas quando estiver com suas crises descontroladas, a ponto de prejudicá-lo em suas atividades profissionais.

A taxa de absenteísmo por doença e acidentes de trabalho não é mais frequente nos epilépticos que nos demais trabalhadores, e os índices de produtividade são iguais ou maiores entre os epilépticos. Apesar disso, os empregadores frequentemente relutam em empregar pessoas com epilepsia por medo de problemas legais ou de seguro, se o empregado se machucar durante uma crise, e devido ao preconceito e receio de que o empregado epiléptico possa afetar negativamente sua imagem pública. Por isso, muitos epilépticos preferem não contar aos possíveis empregadores seu problema de saúde.

Educar os empregadores sobre a epilepsia para eliminar conceitos errôneos pode ser a resposta final para o subemprego entre os portadores de epilepsia.

A ABE - Associação Brasileira de Epilepsia indica como ajudar estas pessoas:

1. Aproveitando o potencial individual para a indicação de profissões adequadas;
2. Facilitando a aceitação do empregado epiléptico através da orientação dos empregadores;
3. Incentivando o epiléptico a trabalhar, diminuindo o auxílio-doença, para reintegrá-lo à sociedade;
4. De acordo com a função que a pessoa irá exercer, basear-se em avaliações individuais e não no diagnóstico de epilepsia.

As profissões que devem ser evitadas por pessoas com epilepsia são: trabalhos em altura, motorista, berçarista, babá, piloto, cirurgião, operador de máquinas industriais, trabalho junto ao fogo (cozinheiro, padeiro, bombeiro), guarda-vidas, mergulhador e quaisquer outros que em meio à uma possível crise, coloquem em risco a vida de todos os envolvidos.

ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DA EPILEPSIA:

Por apresentarem com frequencia desajustes emocionais, os pacientes epilépticos possuem uma dificuldade maior em aceitar as limitações que as crises acarretam, até como forma de manterem o seu equilíbrio emocional. Ao deparar-se com a realidade, eles passam por um período de conflito e depressão até aceitarem a sua condição.
O receio de passar por uma convulsão à qualquer momento, causa muito estresse, impedindo que a pessoa desenvolva suas atividades normalmente.

A prática de esportes pode ser muito positiva para pessoas com epilepsia, a boa escolha das atividades esportivas amparadas por uma avaliação médica, podem garantir uma vida mais saudável, pois não existe uma diminuição da habilidade para prática de esportes e nem evidência de que a fadiga física possa aumentar a frequencia de crises. Porém, deve ser evitada qualquer atividade que envolva riscos potenciais no caso de perda de consciência ou alto risco de traumatismo craniano como em mergulho e alpinismo.

Segundo a ABE, os esportes permitidos sem restrições são: aeróbica, dança, corrida, handbol, golfe, boliche, tai-chi-chuan, futebol, balé e pingue-pongue. Deve-se ter precauções e serem praticados com a supervisão de acompanhantes o basquete, arco e flecha, pesca, vela, ciclismo, natação, patinação, voleibol, corrida com obstáculos, equitação, canoagem, capoeira e tênis/squash. São proibidos: boxe, esqui aquático, surfe, pára-quedismo, artes marciais, alpinismo, windsurfe, mergulho, salto em altura, esgrima.

A ABE - Associação Brasileira de Epilepsia está localizada na Rua Botucatu, 862 - Edifício Leal Prado - Vila Clementino - SP - Tel: 11 5549-3819 - www.epilepsiabrasil.org.br
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