Sabe-se que os professores exercem um papel fundamental na aceitação da diversidade e na luta contra a discriminação, porém eles não estão informados e treinados em relação à epilepsia.
A importância de capacitar os professores vem sendo discutida ao redor do mundo, principalmente em programas de intervenção. Muitos alunos consideram insuficiente o conhecimento dos professores sobre epilepsia e descrevem muitos conceitos sobre esse assunto como preconceituosos.
Dessa forma, a ABE iniciou um programa chamado de “Epilepsia na Escola. Ensinando Professores”, que foi contemplado pelo “Internacional Bureau for Epilepsy” (IBE) entre um dos seis escolhidos mundialmente no ano de 2008 para o programa “Promissing Strategies”.
Esse programa visa a recrutar propostas inovadoras no desenvolvimento de soluções de problemas que causam impacto na vida das pessoas com epilepsia e de suas famílias em países em desenvolvimento. Com esse programa, a ABE prevê um modelo de educação sobre epilepsia para outras regiões do Brasil, assim como para países de língua portuguesa em desenvolvimento.
A ABE – Associação Brasileira de epilepsia publicou em seu informativo do mês de junho/2008, um texto escrito por Cristiane Maciel (Assistente Social da ABE) sobre Machado de Assis:
Centenário da perda de uma ilustre pessoa com epilepsia
Joaquim Maria Machado de Assis nasceu em 21 de junho de 1839, no Morro do Livramento, Rio de Janeiro. Filho de um humilde pintor e dourador pardo e de uma lavadeira portuguesa, pouco se sabe de sua infância. Após a morte de seus pais e de sua irmã, passou a viver com sua madrinha, Maria José de Mendonça Barroso.
Aprendeu a escrever em uma escola de São Cristóvão, transcorrendo assim, sua vida entre a leitura e o trabalho intelectual.
Em 1869 casou-se com a portuguesa Carolina de Novais, então com 32 anos, 5 anos mais velha que ele.
Machado de Assis tinha alguns problemas de saúde, entre eles, epilepsia, cujas crises foram muitas vezes testemunhadas por alguns amigos, fato declarado pelo próprio autor. Disse ele, após sua primeira crise depois do casamento, só haver sentido algo tão esquisito na infância.
Sua origem humilde, o fato de ser mestiço e a epilepsia eram assuntos obscuros, que ele fazia questão de esconder. Nuanças de seu temperamento eram retratadas por sua personalidade epileptóide, citada muitas vezes em suas obras, seja pela natureza melancólica, seja como loucura.
Suas obras demonstram o reflexo de sua existência, tanto pelas crises quanto pelo preconceito por não ter tido filhos e até na esperança de encontrar o remédio que curasse seus males de saúde.
Com a morte de Carolina, Machado entrega-se à depressão e à melancolia. Avançam, assim, seus problemas de saúde e uma lesão neoplásica em sua língua, que seria a causa de sua morte.
Na madrugada de 29 de setembro de 1908, faleceu em sua casa na rua Cosme Velho, cercado por seus amigos mais queridos.
Machado de Assis foi velado em sua sala de visitas e à noite, na Academia Brasileira de Letras, na qual uma multidão de pessoas dele se despediu, o que nos deixa claro que já era um ícone na sua época.
Neste ano de 2008, comemoramos 100 amos de sua morte e eternizamos Machado de Assis, que soube compor uma coleção literária altamente elaborada, constituída pelo negativismo de sua vida. Soube representar a si e sua dor com arte. Desafiou os obstáculos por ascensão social e aceitação. Toda a vergonha de ter epilepsia se contrapôs com seus personagens que a tinham.
Machado nos deixou a imortalidade, desejando que todos reconhecessem em si a aceitação e o compromisso de sermos livres, a fim de diminuirmos os preconceitos marcados em nossa mente.
(Para saber mais sobre Machado de Assis, acesse http://www.machadodeassis.unesp.br/)
A ABE – Associação Brasileira de Epilepsia está localizada na rua Pedro de Toledo, 650 – sala 11 – Vila Clementino – SP – Tel: 11 5549-3819 – http://www.epilepsiabrasil.org.br/
A importância de capacitar os professores vem sendo discutida ao redor do mundo, principalmente em programas de intervenção. Muitos alunos consideram insuficiente o conhecimento dos professores sobre epilepsia e descrevem muitos conceitos sobre esse assunto como preconceituosos.
Dessa forma, a ABE iniciou um programa chamado de “Epilepsia na Escola. Ensinando Professores”, que foi contemplado pelo “Internacional Bureau for Epilepsy” (IBE) entre um dos seis escolhidos mundialmente no ano de 2008 para o programa “Promissing Strategies”.
Esse programa visa a recrutar propostas inovadoras no desenvolvimento de soluções de problemas que causam impacto na vida das pessoas com epilepsia e de suas famílias em países em desenvolvimento. Com esse programa, a ABE prevê um modelo de educação sobre epilepsia para outras regiões do Brasil, assim como para países de língua portuguesa em desenvolvimento.
A ABE – Associação Brasileira de epilepsia publicou em seu informativo do mês de junho/2008, um texto escrito por Cristiane Maciel (Assistente Social da ABE) sobre Machado de Assis:
Centenário da perda de uma ilustre pessoa com epilepsia
Joaquim Maria Machado de Assis nasceu em 21 de junho de 1839, no Morro do Livramento, Rio de Janeiro. Filho de um humilde pintor e dourador pardo e de uma lavadeira portuguesa, pouco se sabe de sua infância. Após a morte de seus pais e de sua irmã, passou a viver com sua madrinha, Maria José de Mendonça Barroso.
Aprendeu a escrever em uma escola de São Cristóvão, transcorrendo assim, sua vida entre a leitura e o trabalho intelectual.
Em 1869 casou-se com a portuguesa Carolina de Novais, então com 32 anos, 5 anos mais velha que ele.
Machado de Assis tinha alguns problemas de saúde, entre eles, epilepsia, cujas crises foram muitas vezes testemunhadas por alguns amigos, fato declarado pelo próprio autor. Disse ele, após sua primeira crise depois do casamento, só haver sentido algo tão esquisito na infância.
Sua origem humilde, o fato de ser mestiço e a epilepsia eram assuntos obscuros, que ele fazia questão de esconder. Nuanças de seu temperamento eram retratadas por sua personalidade epileptóide, citada muitas vezes em suas obras, seja pela natureza melancólica, seja como loucura.
Suas obras demonstram o reflexo de sua existência, tanto pelas crises quanto pelo preconceito por não ter tido filhos e até na esperança de encontrar o remédio que curasse seus males de saúde.
Com a morte de Carolina, Machado entrega-se à depressão e à melancolia. Avançam, assim, seus problemas de saúde e uma lesão neoplásica em sua língua, que seria a causa de sua morte.
Na madrugada de 29 de setembro de 1908, faleceu em sua casa na rua Cosme Velho, cercado por seus amigos mais queridos.
Machado de Assis foi velado em sua sala de visitas e à noite, na Academia Brasileira de Letras, na qual uma multidão de pessoas dele se despediu, o que nos deixa claro que já era um ícone na sua época.
Neste ano de 2008, comemoramos 100 amos de sua morte e eternizamos Machado de Assis, que soube compor uma coleção literária altamente elaborada, constituída pelo negativismo de sua vida. Soube representar a si e sua dor com arte. Desafiou os obstáculos por ascensão social e aceitação. Toda a vergonha de ter epilepsia se contrapôs com seus personagens que a tinham.
Machado nos deixou a imortalidade, desejando que todos reconhecessem em si a aceitação e o compromisso de sermos livres, a fim de diminuirmos os preconceitos marcados em nossa mente.
(Para saber mais sobre Machado de Assis, acesse http://www.machadodeassis.unesp.br/)
A ABE – Associação Brasileira de Epilepsia está localizada na rua Pedro de Toledo, 650 – sala 11 – Vila Clementino – SP – Tel: 11 5549-3819 – http://www.epilepsiabrasil.org.br/
*
*
*
Publicidade:
BRINDES ESCOLARES PARA FESTAS INFANTIS
Imas de geladeira, calendários, diplominhas
Acesse: www.kidbrinde.webnode.com.pt
*
*
Publicidade:
BRINDES ESCOLARES PARA FESTAS INFANTIS
Imas de geladeira, calendários, diplominhas
Acesse: www.kidbrinde.webnode.com.pt
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Quer deixar um recado?